domingo, 30 de dezembro de 2018

São Silvestre de Lisboa - 29/12/2018

No dia 29 de dezembro de 2018 participei pela 5a vez consecutiva na São Silvestre de Lisboa, prova pela qual tenho um carinho muito especial pois foi na São Silvestre de Lisboa de 2014 que participei pela primeira vez numa corrida de rua.

É uma prova de dificuldade média face à subida de cerca de 2,5 kms na Avenida da Liberdade desde os Restauradores até ao Marquês de Pombal e que ocorre entre os 6/6,5 kms e os 9 kms.


Nesta prova acompanhei a minha comadre Paula Café e fizemos a prova lado a lado, tal como já efetuámos em outras edições da São Silvestre de Lisboa, em Mafra na Corrida dos Sinos, em Peniche na Corrida das Fogueiras ou nos 10 kms da Running Wonders de Évora.


Por vezes é complicado correr com outro atleta amigo pois nem sempre estamos no mesmo nível de forma, mas era uma prova para desfrutar e soube muito bem correr com a minha amiga Paula Café.


Até aos 6 kms o percurso é essencialmente plano, sendo a partida nos Restauradores, descida pela Rua do Ouro, depois da qual viramos à direita para a Avenida 24 de Julho até Santos onde fazemos o retorno.

Nestes 1os kms fomos correndo aquilo que o pelotão deixava pois houve muito afunilamento de atletas face aos mais de 10.000 participantes.

Por volta dos 7 kms o Garmin projetava um tempo final entre os 55:00 e os 55:50 o que, a manter-se o ritmo, permitiria à Paula bater o seu recorde pessoal nos 10 kms.

No entanto, sabíamos que seria difícil manter o ritmo face à subida da Avenida da Liberdade até ao Marquês de Pombal e que é um dos pontos críticos da prova.


Tendo em conta que nas últimas semanas treinei subidas e descidas, não senti muitas dificuldades em subir a Avenida da Liberdade, ao contrário da Paula Café que não tem tido muito tempo para treinar.

No entanto, com maior ou menor dificuldade, lá passámos pela rotunda do Marquês de Pombal e preparámo-nos para o km final sempre a descer até à meta nos Restauradores.


Neste km aproveitámos a descida e recuperámos algum tempo que perdemos durante a subida em que baixámos um pouco o ritmo.

Terminámos em 56:36, tempo que é recorde pessoal nesta prova (melhorei os 58:15 da São Silvestre de 2016) e também da Paula Café que bateu os 56:53 do ano passado.

A outra Juninha que também participou na prova, a Meagan Carty, terminou com o excelente tempo de 54:11.

Parabéns à Meagan pelo seu tempo.


Ao chegarmos à meta fomos brindados com o apoio dos Juninhos Carla Café e Paula e Hugo Martins.

Foi pena os Juninhos Ana e André terem ficado presos no trânsito e não terem conseguido assistir à prova.

Em termos de balanço, a prova estava, como sempre, muito bem organizada, sendo apenas de criticar o saco que recebemos no final que apenas tinha a medalha, muito gira por sinal, uma água e uma maçã.


Uma prova com este prestígio poderia ter um pouco mais de recordações para oferecer aos atletas.

No entanto, para o ano lá estarei para a minha 6a participação...


quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Grande Prémio de Natal (09/12/2018)

Participo pela 2ª vez no Grande Prémio de Natal, após ter participado na edição de 2016 onde fiz 57:12, um dos meus melhores tempos até essa altura nos 10 kms.

Não participei na edição de 2017 por causa de uma gripe que apanhei após a meia maratona dos descobrimentos da semana anterior.


Para este ano estava na expectativa de ver como ia correr pois nas duas semanas anteriores tinha feito duas provas, os 10 kms do Running Wonders de Évora e a meia maratona dos Descobrimentos, pelo que não sabia como estava fisicamente.

O meu objetivo para esta prova era bater o meu recorde pessoal nos 10 kms de 54:33 obtido este ano na corrida do SAMS Quadros.

Sabia que estava ao meu alcance dado que na meia maratona da semana anterior fiz os últimos 10 kms em 54 minutos e qualquer coisa.

No entanto, nunca se sabe como correm as provas e nunca podemos dar os resultados como adquiridos.

Após a meia maratona dos Descobrimentos recuperei relativamente rápido e senti-me bem quase toda a semana, tendo apenas feito 2 treinos, um de 12 kms em ritmo leve e outro intervalado de 10x200 metros com pausa de 1:10.

No dia da prova estava bom tempo, com sol e uma temperatura ótima para correr.

Cheguei à zona da partida e a animação era muito grande, com muitos atletas já a aquecer.

Como sempre, antes da prova fiz um aquecimento de cerca de 10/11 minutos seguido de 4 acelerações de 50 metros.

Depois desloquei-me para o meu bloco de partida e esperei pelas 10:30, não sem antes tirar as ultimas selfies.


Iniciei a prova com um ritmo relativamente moderado pois sabia que no início havia uma subida complicada.

Só não me lembrava que era uma subida tão longa como foi…

No final estava exausto e com muitas duvidas se conseguiria manter o ritmo.

Começou a descer um pouco e deu para recuperar o fôlego.

O início da prova é cheio de curvas e contra curvas e subidas e descidas pelo que nunca sabemos o que vamos encontrar.

Esta incerteza ocorre até que chegamos à zona do estádio de Alvalade.

Fui num ritmo bastante forte para o que estou habituado, mas estava a sentir-me bem e o facto de haver algumas descidas ajudavam a descansar e a manter o ritmo.

Com a chegada aos 5 kms na zona do Campo Grande vieram os 3 túneis que são sempre um ponto que pode pôr em causa toda a corrida.

Em todo o caso, como a partir dos 8 kms o percurso é sempre a descer do Saldanha até aos Restauradores, sabia que apenas tinha de sofrer mais 3 kms até chegar ao inicio da descida final de 2 kms.



Por volta dos 5 kms o Garmin estimava um tempo final entre os 53 e os 54 minutos pelo que tinha alguma margem para gerir o ritmo nos túneis do Campo Grande.

O primeiro correu bem, o segundo correu bem e o terceiro também…

Mas estava esquecido da dificuldade da subida entre o fim do 3º túnel e a chegada ao Saldanha.

Parecia que aquela subida não tinha fim…

Até que finalmente cheguei aos 8 kms e começou a descida do Saldanha até ao Marquês de Pombal e depois do Marquês de Pombal até aos Restauradores.

Foi sempre a acelerar e sem poupar energia…

O Garmin estimava um tempo final entre os 51 e os 52 minutos pelo que era tempo de acelerar…


Fiz os últimos 2 kms a 4:26 e 4:20, respetivamente e terminei a prova num fabuloso tempo de 51:37, muito melhor do que seriam as expectativas para este ano em que bati meu recorde pessoal nos 10 kms por 3 vezes e retirei mais de 5 minutos ao recorde que tinha desde 2016 de 56:55.

Terminei muito feliz e com a certeza que com esforço e dedicação, mais tarde ou mais cedo os resultados acabam por aparecer.


Venha agora a São Silvestre de Lisboa para terminar o ano em grande.

Vamos ver como corre…

domingo, 23 de dezembro de 2018

Longão de domingo abortado a meio...

Depois de uma semana com pouco treino, tendo apenas feito um intervalado de 4×800 metros e um treino ritmado de 5 kms a um ritmo de 5 minutos por km, acordei no domingo com vontade de fazer o longão de 16 kms em ritmo leve.


Apesar de estarmos em pleno inverno em Portugal, o dia amanheceu muito bom, com muito sol e céu bem azul.

Após o pequeno almoço, equipei-me, peguei na água, gel e com muita vontade comecei o treino.

O treino estava bem tranquilo e sem muita dificuldade e num ritmo a rondar os 6 minutos por km.

Aos poucos comecei a sentir as pernas um pouco pesadas e algum desconforto ao correr.

Quem corre com alguma frequência sabe que muitas das vezes existem "desincentivos" para continuarmos a correr, como aquela dor que por vezes aparece, ou o calor que por vezes aperta ou o frio, ou o vento, ou qualquer coisa que justifique não ir correr…

Para conseguirmos continuar há que estar muito focado e ter uma grande força de vontade pois o mais simples é ficar em casa.

Hoje, com o passar dos kms apareceu-me a tal dor que por vezes aparece… ah… e também estava muito frio, e o sol também estava a incomodar…

Aos 6 kms parei e fui para casa caminhando…

Não foi uma boa altura para esta quebra pois na próxima semana participo na São Silvestre de Lisboa, uma prova de 10 kms que tem como grande dificuldade a subida que nunca mais acaba até à estátua do Marquês de Pombal entre o km 6 e o km 9.

Agora é seguir em frente a aprender com mais esta experiência…

E você? Também já lhe aconteceu abortar um longão a meio do caminho? Como faz para se motivar para correr quando está com menos vontade?

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Meia Maratona dos Descobrimentos (2018/12/02)

A Meia Maratona dos Descobrimentos era uma das minhas provas alvo e a prova mais importante do ano, principalmente pelo que aconteceu na Meia Maratona de Coimbra em que quebrei por volta dos 11 kms.


Estava muito ansioso com a prova, mas sabia que tinha treinado muito pelo que tinha tudo para correr bem, mas sendo uma distância que eu ainda não domino, algo poderia não correr como esperado.

Na semana antes da prova e após os 10 kms da Running Wonders Évora, apenas treinei na 3ª e na 5ª feira com 6 kms em ritmo leve para estar com as pernas bem descansadas.

O dia da prova estava fantástico para correr e fazer um bom tempo pois estava frio, apesar do sol, não chovia e não estava vento.


Fiz um aquecimento um pouco mais curto do que o previsto (trote de 1 km e 3 acelerações de 50 metros), porque o tempo na fila para a casa de banho não deu para mais…

Com o tiro de partida iniciei a minha luta com estes 21 kms e que me fizeram treinar tanto nos últimos meses.

Não tinha um objetivo totalmente definido para esta prova, apenas queria bater o meu recorde pessoal que eram uns miseráveis 2:15:02 obtidos na meia maratona dos descobrimentos de 2017.

A minha estimativa era fazer algo a rondar as 2 horas e 5 minutos que implica correr a um ritmo próximo dos 6 minutos por km.

Para o início da prova queria correr a um ritmo próximo dos 6:10 por km e depois, com o passar dos kms ir ganhando confiança e soltando um pouco o ritmo.


No entanto, por mais que tentasse desacelerar, não consegui correr a um ritmo mais lento que a 5:50 por km, o que me deixou muito preocupado com a possibilidade de quebrar a meio da prova.

Aos 5 kms tomei o meu primeiro gel e bebi um pouco de água, operação que ainda não me consegui habituar pois fico sempre muito ofegante.

A partir do km 7 comecei a acelerar (mesmo que inadvertidamente) para um ritmo entre os 5:40/5:50 por km, tendo ido nesse ritmo quase até aos 13 kms.

Nesta altura da prova estamos na zona da Baixa de Lisboa em que ficamos um pouco mais empolgados por causa do apoio das pessoas na rua.

Voltei a acelerar para um ritmo agora a rondar os 5:25/5:35 por km.


Este ritmo um pouco mais acelerado já puxava um pouco por mim, mas com o final à vista comecei a ficar confiante que conseguiria manter o ritmo até ao fim.

Conforme a prova ia decorrendo ia acompanhando a estimativa do meu Garmin para o tempo final da prova e por volta dos 14 kms a estimativa era 2 horas e 3 minutos, ou seja, estava muito próximo do sub 2 horas.

Após muito pensar no assunto, decidi que aos 16 kms faria uma avaliação da estratégia a tomar para os últimos 5 kms da prova, se mantinha um ritmo confortável até ao final ou se atacava o sub 2 horas.

Aos 16 kms verifiquei que tinha de recuperar 2 minutos nos últimos 5 kms para terminar em menos de 2 horas.

Nem hesitei em atacar o recorde… Era um esforço que teria de fazer… Tinha de acelerar, mas com moderação pois corria o risco de não aguentar os 5 kms sem quebrar.

Corri a um ritmo entre os 5:25/5:30 por km entre os 16 e os 20 kms e já tinha uma estimativa final abaixo das 2 horas.

No entanto, tinha receio que houvesse algum erro de medição dos kms da prova e que tivesse de correr alguns metros extra e que isso impedisse de terminar abaixo das 2 horas.

No último km dei o meu máximo para garantir que tinha uma margem de segurança.

Terminei em 1:59:26 e completamente exausto, mas muito feliz por atingir um objetivo que após a meia maratona de Coimbra, em que fiz quase 2h20m há cerca de um mês e meio, pensei que não conseguiria concretizar este ano.


As duas Juninhas que correram esta prova também fizeram bons resultados, tendo a Meagan feito 2h00m18s (malvados 18 segundos) e a Paula Café cerca de 2h2m (desta foi só recorde pessoal, na próxima é sub 2 horas).


Os Juninhos Ana e André participaram na caminhada de 5 kms.

Para a semana haverá mais um desafio com o Grande Prémio de Natal, uma das provas mais rápidas de Portugal devido ao facto de os últimos 2 kms serem sempre a descer desde o Saldanha até aos restauradores.

Vamos ver como corre…

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Running Wonders Évora - 2018

No dia 25 de novembro participei pela 3ª vez na prova de 10 kms da Running Wonders Évora, prova que conta também com a meia maratona e com uma caminhada de cerca de 5 kms.

Parti para esta prova sem grandes objetivos dado que na semana seguinte iria participar na Meia Maratona dos Descobrimentos em Lisboa.

No entanto, tinha como objetivo de efetuar a prova sempre a correr e sem necessidade de caminhar e terminar com um tempo abaixo dos 60 minutos.

Estava um pouco receoso pois sabia que é uma prova bastante complicada pelo constante sobe e desce, com algumas subidas (e descidas também) um pouco longas, algumas com mais de 2 kms.

A temperatura estava muito boa para correr, com algum frio e felizmente sem chuva durante a prova.

Antes da prova fiz um aquecimento de cerca de 12/13 minutos num trote leve, seguido de 4 acelerações de aproximadamente 50 metros.

Foi muito importante fazer este aquecimento, e eu recomendo sempre fazer-se o aquecimento antes das provas e antes de treinos mais rápidos, pois fez com que o corpo fosse avisado que de seguida vinha esforço forte.

Às 10 em ponto foi dado o tiro de partida na bonita Praça do Giraldo e foi a confusão completa pois partiram todos os atletas ao mesmo tempo, sem qualquer tipo de zonas de tempo a separar os corredores mais rápidos dos mais lentos.



Resumindo, no 1º km, com a quantidade de corredores e por se passar por uma zona com muitas ruas estreitas, é difícil correr sem chocarmos com outros atletas.

Após o primeiro km começamos a descer e conseguimos compensar o ritmo.

Ao contornarmos as muralhas começam as subidas e as dificuldades.

Tentei gerir o esforço para não gastar muita energia no inicio da prova.

A prova foi continuando, sempre com grande animação nas ruas e ao contrário das 2 participações anteriores consegui manter um ritmo relativamente constante mesmo nas subidas.


Para isso devem ter contribuído alguns treinos  que efetuei em percursos de subida e descida.

Entre os 6 e os 8 kms ocorreu um ponto chave nesta prova, uma subida que apesar de não ser muito inclinada, é bastante longa.

Consegui manter o ritmo mas só com um grande esforço e com um grande foco na prova.

Entre os 8 e os 9,5 kms foi plano ou a descer pelo que deu para acelerar um pouco e recuperar um pouco o fôlego.


Por volta dos 8 kms vi no Garmin que a estimativa de tempo final podia ficar abaixo dos 55 minutos, o que para mim seria um tempo extraordinário nesta prova (o meu recorde pessoal nos 10 kms é 54:33).

Por volta do km 9,5 ocorre o segmento mais complicado de toda a prova, a subida até à meta na Praça do Giraldo.

É uma subida muito inclinada e sendo já no final dos 10 kms, é sempre um desafio bem complicado.

Tentei dar o máximo para conseguir um bom tempo.

Acelerei muito forte e ultrapassei muitos corredores, mas cheguei completamente esgotado, tendo sido uma das provas em que cheguei à meta mais cansado.


Sentei-me no chão a beber um pouco de água e a comer uma maçã  para recuperar um pouco.

Apesar do cansaço, estava muito feliz por ter terminado a prova com um tempo de chip de 55:34, menos 6 minutos que o meu melhor tempo nesta prova.

Foi um ótimo treino para a meia maratona da próxima semana.

Vamos ver como corre….

Em destaque...

Entrevista a Ricardo Ribas, um dos melhores atletas portugueses dos últimos anos...

Hoje temos a honra de entrevistar o atleta Ricardo Ribas, conhecido por El Comandante pela D isciplina, Rigor, Empenho e Ambição como atleta...

De quem se fala...